Este itenerário foi garantido,anterioremente, por um comboio ligeiro (um americano), numa via de 900mm de bitola, semelhante aos actuias metros de superfície, eram comboio que implicavam menos investimentos quer na instalaçao, quer na exploração, já que as linhas férreas eram substancialmente simples, aproveitando típicamnete, traçados de estradas já existentes. com efeito este "americano" utiliza o eixo da actual EN2 (Régua-Santa Marta de Penaguião-Vila Real), e esteve ao serviço entre 1875 e 1876 com veículos carrilados, mas ce tracção animal. A linha foi suportada, em parte pela Companhia Vínicola de Portugal, a operar na região do Douro, que iría à falência mais tarde, pressionada pela Companhia dos caminhos de Ferro Portugueses. Foi esta companhia responsável pela introdução de "vagão a vapor" que consistia basicamente num conjunto articulado de duas locomotivas de montanha e uma plataforma de carga.
A linha do Corgo em tempos a "jóia da coroa" do sistema métrico portugês. No seu auge ligou a Régua a Chaves e a ligação a espanha esteve planeada. Esta linha providênciava o transporte do turismo termal português noutros tempos e a sua beleza paisagística era bem conhecida.
A linha do Corgo foi uma das primeiras linhas de via estreita a ser contruída inteiramente à custa do Estado no ínicio do século. De facto aberto concurso, nenhum emprsário se mostrou interessado em investir, pois apesar do turismo termal, já nesse tempo as expectativas de tráfego que suportasse a linha eram incertas. Restando ao Estado a construção da linha, em nomedo interrese público , pode-se dizer que o fez com estilo. De facto não se pouparam esforços quer na própria contrução da linha, que foi a mais rápida das vias estreitas a ser contruída pelo Estado, quer no material de tracção e rebocado que na alturada sua inauguração foi o mais avançado.Com efeito, foram encomendadas para a linha do Corgo as primeiras locomotivas da série E161 a E170, poderosa máquinas articuladas (Mallet), contruídas pela casa Henchel da Alemanha. Mais tarde para esta linha foi encomendada outra série de locomotivas( E201 a E216), também articuladas, que costituíram as locomotivas mais potentes do Mundo para a via estreita. A linha do Corgo supera um desnível de 370 metros nos 25 quilómetros entre Régua e Vila Real, serpenteando o vale do Rio Corgo, sendo fomosas as hitórias passadas no "U" de Carrazedo, onde a linha contorna um dos vale antes de antingir a estação. Com a velocidade reduzida, muitos se aventuravam a sair dele e a apanhá-lo mais à frente. A linha possuia outro "U" na rampa de Loivos e Oura, actualmente sem tráfego ferroviário, levando o comboio a vencer numa pequena distância um grande desnível, apenas possível neste formato dada a grande restrição de inclinação na via férrea. A linha do Corgo foi aberta faseadamente:
- Régua - Vila Real: 1 de Abril de 1906
- Vila Real - Pedras Salgadas: 15 de Julho de 1907
- Pedras Palgadas - Vidago: 20 de Março de 1910
- Vidago - Tâmega: 20 de Junho de 1919
- Tâmega - chaves: 28 de Agosto de 1921
A estação de Chaves foi projectada para ser terminal de 3 linhas: a do Corgo, a do Tâmega e a de Guimarães. As duas linhas juntar-se-iam um pouco acima de Cabeceiras de Basto, e viriam a encontrar a linha do Corgo na Curralha, servida pela estação do Tâmega. a Linha do Tâmega acabaria por nunca passar do Arco de Baúlhe, e a linha de Guimarães não foi além de Fafe.
Nos finais da década de 1980, a linha do Corgo estava comercialmente dividida em dois troços: Régua - Vila Pouca de Aguiar, e Vila Pouca de Aguiar - Chaves. Os últimos horários a comtemplar todos oa 96 km da linha oferecia apenas 4 circulações diárias entre Régua e Chaves, 2 em cada sentido, havendo mais oferta entre Régua e Vila Pouca de Aguiar. O material circulante era composto por 2 ícones da ferrovia Portuguesa: as Xepas eo Texas. As Xepas eram pequenas automotoras vindas da ex-Jugoslávia, e eram alcunha para o seu nome original de Duro Dakovic, alcunha atiíbuída em alusão à tempestuosa personargem de telenovela Dona Xepa. As últimas Xepas em Portugal operaram precisamente aqui, até 1996, entre Régua e Vila Real. Já o Texas era formado por locomotiva Alstom e carruagens de passageiros antiquíssimas, algumas do inicio do século. O desconforto era grande entre os passageiros, e os horários pouco serviam. Após um alvultado investimento na via, o estado decidiu encerrar em 1 de Janeiro de 1990 o troço entre Vila Real e Chaves.
Nos últimos anos de exploração, a viagem entre Pêso da Régua e Vila Real fazia-se a bordo das automotoras da série 9500, (também chamadas de LRV 2000). A LRV2000 tem todo o aspecto de ser moderna, mas é na verdade o resultado da reconversão das antigas automotoras Duro Dakovic, compradas à ex-Jugoslávia na década de 1980. Funcionaram em linhas em redor de Zagreb, capital da Croácia. Estas, como é comum em Portugal para os exemplares mais peculiares de material circulante, ganhou rapidamente uma alcunha: Xepa. Este nome, cuja origem está numa personagem da telenovela brasileira Dona Xepa, foi-lhe dado pelas semelhanças entre a intempestividade da automotora e da velha senhora da novela. O desempenho do material era de tal forma tempestuoso, que tornava a viagem altamente desconfortável para passageiros e pessoal da CP que nelas viajaram.
Inicialmente de uma bitola mais reduzida, as Duro Dakovic, ou Xepas, tinham uma estrutura de bogies partilhados: um bogie servia para duas carruagens. Em Portugal tudo isto foi alterado, adaptando o material para bitola métrica (um metro entre carris), e introdução de 2 bogies por carruagem.
Fizeram serviços na Linha do Corgo e na Linha do Tua, sendo dos últimos comboios a servir as estações de Chaves e de Bragança antes do encerramento ao tráfego ferroviário destas estações trasmontanas.
Actualmente, as Xepas que não foram aproveitadas para as LRV2000 foram desmanteladas - havia 2 carruagens na estação do Tua que, entretanto desapareceram, ou se encontram em estado de total abandono junto da estação da Régua. Recentementealgumas destas automotoras foram vendidas para Moçambique e para o Perú.
O restante percurso da linha encontra-se num processo de transformação em ciclovia, tendo já alguns troços sido abertos ao público. Com a construção da A24, parte do traçado encerrado foi ocupado pela auto-estrada, em Fortunho e já próximo de Chaves.
Sem comboio que já tiveram ficaram Vila Pouca de Aguiar, Pedras Salgadas, Vidago e Chaves. A linha do Corgo merecia ter tido melhor sorte, pelas perpectivas turísticas que oferecia. A reabilitação mostra-se hoje impossível derivado à ocupação da maior parte plataforma ferrovária para outros fins.
Não obstante, a parte que ainda subsiste vale uma visita, quer pela beleza paisagística que ainda oferece, quer pelo encanto "Vintage" que a região duriense tem para oferecer.
À excepção das estações de Vila Real, que abria apenas em dias seleccionados para venda de passes, e da Régua, nenhuma estação da Linha do Corgo vendia, nos últimos anos, bilhetes, sendo este processo efectuado a bordo pelo revisor.
Encerramento para remodelação
A linha encerrou a 25 de Março de 2009, segundo a operadora Rede Ferroviária Nacional, por questões de segurança. No entanto, esta entidade espera reabrir a linha à circulação em 2011, tendo, em Novembro de 2009, iniciado um estudo às populações entre Vila Real e Régua; este estudo pretende reconhecer as necessidades das populações, de forma a ajustar o futuro funcionamento da linha.
Nesse ano, a então secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, anunciou que iriam ser investidos 23,4 milhões de euros em obras de reparação da linha, prevendo que estariam terminadas antes do final de 2010.
Em finais de 2009, terminaram as primeiras fases desta intervenção, que consistiram na retirada de carris e de travessas e alterações na plataforma de via; em seguida, a Rede Ferroviária Nacional iniciou a criação de vários projectos de geotecnia, de drenagem e de via. Esta aparente paragem nos trabalhos provocou, no entanto, alguns receios entre as populações e autarcas locais. Além disso, e como previsto, esta entidade iniciou, em 2010, um programa de inquéritos nos principais pontos de atracção e geração de viagens, nas escolas, e aos utentes dos transportes públicos rodoviário e ferroviário, por forma a reconhecer os padrões de mobilidade das populações abrangidas; esta informação foi, posteriormente, analisada, de forma a preparar soluções de transporte integrado rodoviário e ferroviário
Em Julho, a Rede Ferroviária Nacional decidiu suspender, entre outros investimentos, o projecto de reabilitação da Linha do Corgo, de acordo com as directrizes do Plano de Estabilidade e Crescimento, que prevê restrições orçamentais e o combate ao endividamento público